Teoria de Dunbar: entenda mais sobre as relações nos negócios

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Nosso texto hoje é sobre relacionamentos na vida e no ecossistema de negócios! Você conhece a Teoria de Dunbar?

O que é a Teoria de Dunbar?

A Teoria de Dunbar, também conhecida como “Número de Dunbar”, é uma hipótese proposta pelo antropólogo britânico Robin Dunbar. 

Essa teoria busca entender a capacidade cognitiva de um ser humano em manter relações sociais estáveis e significativas com outros indivíduos. 

Segundo Dunbar, há um limite para o número de relacionamentos que podemos sustentar com sucesso, seja para fins sociais ou emocionais.

Como surgiu a Teoria de Dunbar?

A história da Teoria de Dunbar remonta às pesquisas e estudos conduzidos pelo antropólogo britânico Robin Dunbar, nascido em 28 de junho de 1947. 

A teoria foi desenvolvida ao longo das décadas de 1980 e 1990, como resultado de pesquisas em antropologia, psicologia evolutiva e neurociência.

A primeira menção da Teoria de Dunbar surgiu em um artigo publicado por Robin Dunbar em 1992, intitulado “Neocortex size as a constraint on group size in primates”. 

Neste estudo, Dunbar apresentou sua ideia de que o tamanho do neocórtex cerebral limita a quantidade de relações sociais que um indivíduo pode manter.

A partir daí, Dunbar conduziu mais pesquisas para testar sua hipótese e confirmar o “número de Dunbar” em diferentes contextos culturais e sociais. 

Ele analisou dados de várias sociedades humanas, desde tribos antigas até comunidades modernas.

Em sua observação, ela observou que o tamanho médio dos grupos sociais era geralmente próximo de 150 pessoas.

O número de 150, no entanto, não é uma constante fixa e pode variar em diferentes populações e culturas.

Como funciona a Teoria de Dunbar?

O ponto central da Teoria de Dunbar é o “número de Dunbar”.

Ele estima que a capacidade humana para manter relacionamentos significativos está limitada a aproximadamente 150 pessoas. 

Esse número não é uma regra rígida, mas sim uma média estimada com base em pesquisas e observações realizadas em grupos sociais, desde tribos antigas até comunidades modernas.

Dunbar chegou a essa conclusão analisando o tamanho médio dos grupos sociais em várias sociedades ao redor do mundo. 

Ele percebeu que a proporção do tamanho do cérebro em relação ao tamanho do grupo social é consistente.

Assim, sugerindo que o cérebro humano possui uma capacidade cognitiva limitada para processar informações sociais.

Dentro desse número de 150, Dunbar identificou diferentes camadas ou níveis de relações sociais:

Camada íntima (5 pessoas):

Este é o grupo mais próximo e pessoal, composto por amigos íntimos, parceiros românticos ou membros da família com quem temos laços emocionais profundos.

Camada de amizades próximas (15 pessoas):

Além do grupo íntimo, temos cerca de 10 a 15 amigos próximos com quem interagimos regularmente.

Camada de amizades casuais (50 pessoas):

Esse grupo inclui pessoas com quem temos interações regulares, mas não tão profundas como os amigos próximos.

Camada de conhecidos (150 pessoas):

Essa é a camada mais extensa e inclui conhecidos com os quais temos uma conexão social ocasional, como colegas de trabalho, vizinhos ou membros de comunidades compartilhadas.

Como a Teoria de Dunbar pode ser aplicada nos negócios?

A Teoria de Dunbar pode ser aplicada aos negócios, especialmente quando se trata de construir e gerenciar relacionamentos dentro de uma empresa ou com parceiros externos. 

Tamanho ideal de equipes:

De acordo com a Teoria de Dunbar, um grupo social estável e coeso não deve exceder cerca de 150 pessoas. 

Grupos de trabalho menores e mais próximos tendem a ser mais eficientes na comunicação e na tomada de decisões, o que pode levar a uma maior produtividade.

Cultura empresarial:

A teoria destaca a importância dos relacionamentos íntimos em um grupo. 

Em um ambiente de negócios, uma cultura organizacional que valoriza a proximidade e a cooperação entre os funcionários pode promover um ambiente de trabalho mais saudável e estimulante.

Relacionamento com clientes:

Para empresas que lidam diretamente com os clientes, é essencial lembrar que a capacidade de manter relacionamentos significativos é limitada. 

Por isso, concentrar-se em construir conexões autênticas e duradouras com um número menor de clientes pode ser mais benéfico do que tentar atingir um grande número de pessoas.

Networking e parcerias:

A Teoria de Dunbar pode sugerir que é mais eficaz focar em algumas parcerias-chave com as quais você possa desenvolver laços mais profundos e produtivos.

Em vez de tentar manter uma grande rede de conexões superficiais.

Gerenciamento de equipes remotas:

Com a crescente adoção do trabalho remoto, a teoria pode ser útil para entender os desafios de comunicação e coesão em equipes que estão fisicamente separadas. 

Nesse contexto, é importante utilizar tecnologias e práticas de colaboração que promovam a interação e a construção de relacionamentos, mesmo à distância.

Capacidade de liderança:

A Teoria de Dunbar também pode influenciar a maneira como líderes gerenciam suas equipes. 

Líderes conscientes da limitação de laços sociais significativos podem investir mais tempo e esforço no desenvolvimento de relacionamentos próximos com seus liderados.

Dessa forma, pode melhorar o engajamento e o desempenho geral da equipe.

Aprofunde seus conhecimentos sobre a Teoria de Dunbar

Cada empresa é única e, portanto, as implicações práticas da Teoria podem variar dependendo do setor, cultura organizacional e outros fatores específicos. 

É essencial ressaltar que a Teoria de Dunbar é uma ferramenta conceitual e não uma fórmula rígida para aplicação nos negócios. Veja mais sobre estruturação de empresas.

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