Cliff: o que é e como utilizar nos planos de remuneração variável

Tempo de leitura: 5 minutos

Na língua inglesa, a palavra cliff significa penhasco.

Mas no ambiente de negócios, o termo é frequentemente usado na elaboração de planos de remuneração dos colaboradores de uma empresa.

Além disso, este conceito também está relacionado com certos benefícios ou direitos que os funcionários de uma companhia podem ter. Confira!

O que significa cliff?

Tipicamente, no meio empresarial, a palavra cliff tem relação a planos de remuneração variável ou pacotes de opções de para funcionários.

Um cliff pode se referir a uma cláusula de aquisição (vesting) acionária da companhia.

Dessa forma, indicar um período mínimo de serviço contínuo na empresa que um funcionário deve cumprir antes de ter acesso total aos benefícios ou opções de ações. 

Assim, durante esse período, o funcionário pode não ter direito a nenhuma parte dos benefícios ou opções.

Mas uma vez que o período de cliff é cumprido, o funcionário passa a ter acesso a todos os benefícios ou opções de uma só vez.

Por exemplo, um plano de opções de participação acionária estabelece um período de um ano.

Sendo assim, o funcionário não terá direito a nenhuma opção de ação durante o primeiro ano de emprego. 

Contudo, depois do primeiro ano, ele terá acesso a todas as opções de ações a que tem direito.

Para que serve?

O objetivo de incluir um “cliff” em planos de remuneração variável é incentivar a retenção de funcionários a longo prazo. 

Ele também pode ser usado para proteger a empresa, pois se um funcionário deixar o emprego antes de cumprir o período, ele não terá direito aos benefícios ou opções.

Como funciona?

O funcionamento do cliff (ou período de carência) pode variar dependendo das políticas específicas da empresa. 

No entanto, aqui está uma descrição geral de como o cliff geralmente funciona:

1. Definição do período: 

A empresa estabelece um período, geralmente em anos, durante o qual o funcionário não terá acesso total aos benefícios ou direitos. 

Assim, um período de cliff de um ano significa que o funcionário não terá acesso a nenhum benefício ou direito durante os primeiros doze meses.

2. Tempo de serviço contínuo: 

Durante o período de cliff, o colaborador precisa estar continuamente trabalhando na empresa para acumular tempo de serviço. 

Se ele deixar a empresa antes do período de cliff ser concluído, ele não terá acesso aos benefícios ou direitos.

3. Aquisição após o cliff: 

Após o término do período de cliff, o empregado adquire total ou parcialmente os benefícios ou direitos estabelecidos no plano. 

Isso significa que o funcionário agora tem acesso a todas as opções de ações, bônus ou outros benefícios oferecidos.

4. Cronograma de aquisição: 

Além do período de cliff, pode haver um cronograma de aquisição adicional estabelecido. 

Veja um exemplo em que o plano de opções de ações tenha um período de um ano e um cronograma de aquisição de quatro anos.

Neste caso, o funcionário terá acesso a 25% das opções após o primeiro ano e as porcentagens restantes serão liberadas gradualmente ao longo dos próximos três anos.

5. Após a aquisição: 

Uma vez que o funcionário adquire os benefícios ou direitos após o período de cliff, eles normalmente se tornam totalmente elegíveis para exercer as opções de ações.

Além de receber bônus ou outros benefícios, de acordo com os termos do plano estabelecido pela empresa.

Como os planos podem variar, recomenda-se que os funcionários leiam atentamente os termos e condições do plano de remuneração ou opções de ações.

E, sempre que necessário, busquem esclarecimentos adicionais com o departamento de recursos humanos ou profissionais especializados em questões financeiras e de remuneração.

Como aplicar o cliff nos planos de remuneração na empresa

A aplicação do cliff em planos de remuneração ou opções de ações envolve alguns passos. 

1. Definição do plano: especificando os benefícios ou direitos a serem oferecidos, a duração do cliff e quaisquer outros termos e condições relevantes.

2. Comunicação do plano aos funcionários: eles devem receber informações detalhadas sobre o período de cliff, suas regras e como ele afetará sua elegibilidade.

3. Estabelecimento do período de cliff: pode ser um período fixo (por exemplo, um ano) ou pode variar de acordo com as políticas da empresa.

4. Acompanhamento do tempo de serviço: registro com informações sobre os funcionários.

Incluindo a data de início do emprego, a data de término do período de cliff e qualquer outro marco importante relacionado à aquisição de benefícios ou direitos.

5. Aquisição dos benefícios ou direitos: fornecimento de opções de ações, o pagamento de bônus ou outros benefícios especificados.

6. Acompanhamento contínuo: atualização de registros, cálculo de valores de opções de ações em caso de exercício e comunicação de informações relevantes.

Por fim, lembre-se de que a implementação do cliff deve ser feita de acordo com as leis e regulamentações trabalhistas, de participação acionária e financeiras aplicáveis. 

Para isso, recomenda-se que as empresas consultem profissionais especializados em questões de compensação e benefícios.

Dessa forma, garante-se que o plano seja estruturado e implementado corretamente.

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