Climate quitting: entenda o que é e por que ocorre nas empresas

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Dentre as diversas expressões em inglês que são utilizadas no ambiente corporativo, uma das mais recentes é “climate quitting”.

Climate quitting é um termo em inglês que se refere ao fenômeno de indivíduos ficarem sobrecarregados ou desiludidos com a gravidade da crise climática.

Nesse sentido, a consequência do climate quitting é o aumento do engajamento e dos esforços para enfrentá-la. 

Continue lendo nosso post e descubra mais detalhes sobre o climate quitting.

O que é climate quitting e qual sua relação com ESG?

É a prática de deixar um emprego ou rejeitar uma oferta, porque o candidato acha que os compromissos ESG (ambientais, sociais e de governança) do empregador não estão à altura. 

O termo é novo – aparecendo apenas na grande mídia nos últimos anos. 

Mas a prática evoluiu e cresceu com a crise climática – o suficiente, agora, para gerar certa preocupação entre empresários e analistas do mercado de recrutamento.

Isto porque o climate quitting pode colocar os trabalhadores com mentalidade ESG contra empresas que não pensam da mesma maneira.

E, se as tendências atuais continuarem, isso pode levar a decisões difíceis para as empresas no futuro.

Quem pratica o climate quitting?

A prática é mais forte entre as duas gerações de trabalho mais jovens: millennials e geração Z (ou zoomers) – basicamente qualquer pessoa com 40 anos ou menos. 

Em geral, essas gerações têm demonstrado maior apreço pela proteção ao meio ambiente e o combate às mudanças climáticas no cenário corporativo. 

Quer trabalhem para uma empresa ou comprem dela, ou ambos, eles querem garantias de que ela atende a metas climáticas específicas.  

Pesquisa recente da KPMG descobriu que quase metade dos 6.000 entrevistados nessa faixa etária deseja que seu empregador tenha um compromisso maior com a agenda ESG

E ainda: um em cada cinco candidatos recusou uma oferta de emprego porque sentiu que não havia comprometimento da empresa contratante com o meio ambiente e o clima.

Por que o climate quitting acontece?

As razões são variadas e complexas. Para alguns, a enormidade do problema pode parecer insuperável e levar a sentimentos de desespero ou desesperança. 

Outros podem sentir um senso de futilidade em suas ações individuais, acreditando que seus esforços sozinhos não serão suficientes para causar um impacto significativo.

A cobertura da mídia sobre a crise climática também pode contribuir para a maximização dos sentimentos sobre estas questões.

Isto porque, embora seja importante informar as pessoas, a cobertura constante de eventos catastróficos pode levar a sentimentos de ansiedade e impotência.

Assim, em última instância, levar os indivíduos a se desengajarem.

Além disso, há muitas indústrias e governos que continuam priorizando os lucros em detrimento da sustentabilidade.

Dessa forma, contribuindo para um sentimento de frustração e desilusão entre os indivíduos que sentem que seus esforços estão sendo frustrados por questões sistêmicas maiores.

A prática do climate quitting não é apenas prejudicial para o indivíduo, mas também para o esforço coletivo de enfrentar a crise climática.

Quais são os riscos associados ao climate quitting para as organizações?

Para uma empresa, o risco mais significativo desta prática recai sobre a estratégia de recrutamento de novos colaboradores. 

Isto porque, quando ela não consegue trazer os melhores talentos a bordo devido a conflitos ideológicos, ela tem um problema. 

Sabemos que o talento alimenta a execução estratégica e, se faltar talento no time, pontos críticos da estratégia da empresa podem ficar para trás. 

Nesse sentido, a companhia pode ficar vulnerável a pressões externas e fracas do ponto de vista dos investidores. 

Os investidores, aliás, também estão cada vez mais conscientes dos aspectos ambientais, sociais e de governança e querem ver seu capital direcionado para projetos “verdes”.

O que as empresas podem fazer para evitar o climate quitting?

Antes de mais nada, é fundamental que a organização desenvolva e implemente a agenda ESG nos negócios.

É importante reconhecer a complexidade do problema e abordá-lo com um senso de urgência e determinação, sobretudo no ambiente de negócios. 

Isso inclui reconhecer os fatores estruturais que contribuem para a crise e defender mudanças sistêmicas.

Bem como, implementar ações individuais para reduzir nossa pegada de carbono e apoiar práticas sustentáveis.

Por exemplo, buscar cooperação e apoio pode ajudar os indivíduos a permanecerem engajados e motivados diante dos desafios apresentados pela crise climática. 

Isso pode incluir a adesão a organizações ambientais, participação em eventos comunitários ou a conexão com indivíduos com ideias semelhantes online.

Enfim, a agenda ESG é tão essencial para as empresas e seus stakeholders que o entendimento e a sua efetiva iniciativa deve ser uma prioridade.

Especialmente se uma empresa não quiser um e-mail do candidato perfeito explicando que decidiu trabalhar em outro lugar!

Melhore a gestão do seu negócio e evite o climate quitting

O climate quitting é uma resposta real e compreensível à gravidade da crise climática.

Mas é importante resistir à vontade de se desengajar e, em vez disso, permanecer comprometido com ações significativas. 

Por isso é preciso reconhecer a complexidade do problema, defender mudanças sistêmicas e implementar práticas de sustentabilidade individuais.

Converse com nossos especialistas e entenda como evitar o climate quitting em seu negócio.

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