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Índice
Introdução
Quando falamos em tipos de estrutura organizacional, estamos nos referindo à forma como uma empresa organiza seus departamentos, tarefas e responsabilidades para garantir eficiência e clareza nas suas operações.
A escolha correta do modelo impacta diretamente na dinâmica das relações internas, na cadeia hierárquica e no poder de decisão da empresa. Por isso, compreender os diferentes formatos é crucial para gestores que desejam otimizar processos e melhorar a comunicação interna.
Entretanto, não existe uma única estrutura ideal para todas as organizações. Cada empresa deve avaliar seus objetivos estratégicos, seu porte e seu mercado para definir o modelo que melhor se adapta às suas necessidades. Neste texto, conheça os principais tipos de estrutura, suas características, vantagens e desvantagens!
O que são e quais os tipos de estrutura organizacional?
Antes de mais nada, é importante entender que a estrutura organizacional de uma empresa é constituída pela organização dos departamentos e suas respectivas tarefas e responsabilidades.
Dessa forma, sua definição determina a dinâmica das relações na organização e identifica a cadeia de hierarquia e do poder de decisão dos seus componentes.
Além disso, o organograma é a ferramenta utilizada para identificar visualmente essas relações, facilitando a compreensão da estrutura adotada pela empresa. Assim, de acordo com os tipos de estrutura organizacional, elas podem apresentar um organograma vertical centralizado, um organograma horizontal e descentralizado, entre outras combinações.
Uma estrutura organizacional pode ser classificada ainda como formal ou informal, segundo a maneira como foi criada:
- Formal: Oficialmente documentada e está representada no organograma horizontal ou vertical de uma empresa, por exemplo.
- Informal: Criada espontaneamente, não é documentada e “não existe” oficialmente, mas é consequência das relações entre as pessoas envolvidas no negócio. Como é fruto dessas interações espontâneas e informais, ela tem grande poder na liderança do grupo e não pode ser menosprezada.
Principais tipos de estrutura organizacional

Existem quatro tipos de estrutura organizacional mais populares nas empresas: linear, horizontal, funcional e matricial. Cada uma delas apresenta características específicas que influenciam diretamente na gestão e nos resultados da organização. Veja quais são!
Estrutura organizacional linear
Um dos tipos de estrutura organizacional mais comuns e tradicionais é a estrutura linear, também conhecida como vertical ou piramidal. Nela, há forte presença da hierarquia entre os funcionários, que estão subordinados e deverão ser supervisionados por superiores.
Nesse sentido, a sua estruturação segue um modelo de organograma vertical, com explícita definição da hierarquia e cadeia de comando. Este é um dos tipos de estrutura organizacional presente em grande parte das empresas mais tradicionais e que exigem maior controle sobre as atividades.
Essas estruturas tendem a ser mais eficientes em custos, porém menos eficazes em termos de velocidade. Além disso, a estrutura linear oferece uma clara definição hierárquica da autoridade e das responsabilidades, promovendo maior especialização e controle. Também ilustra com maior clareza as possíveis rotas de promoção e carreira.
Todavia, esse modelo pode gerar maior burocracia e barreiras para inovação. Eventualmente, pode causar sentimento de desvalorização dos funcionários dos níveis hierárquicos mais baixos, além de criar maior departamentalização de objetivos em detrimento da unificação dos objetivos estratégicos do negócio.
Estrutura organizacional horizontal

A estrutura organizacional horizontal é muito utilizada por empresas que possuem poucos níveis hierárquicos entre a gestão e a operação do negócio. Esse modelo é bastante comum em empresas menores, nas fases iniciais do ciclo de vida, startups e novos modelos de negócios.
Esse é um dos tipos de estrutura organizacional que proporciona maior engajamento dos membros do time, exigindo menor especialização e amplia a responsabilidade. Além disso, aumenta a autonomia dos membros da equipe, facilitando a comunicação e otimizando a implementação de inovações.
Porém, o excesso de autonomia e pouca supervisão pode confundir colaboradores, além de gerar eventual excesso de generalização de competências e habilidades. Ainda, é possível o surgimento de dificuldades para manutenção estrutural conforme o crescimento da organização.
Por suas características, as estruturas organizacionais com organograma horizontal são mais eficazes, mas podem ser mais caras e exigir maior esforço de gestão e coordenação.
Estrutura organizacional funcional

A estrutura funcional é uma das mais populares nas organizações, onde a empresa é dividida em departamentos (funções), como comercial, jurídico, marketing, produção, pesquisa e desenvolvimento, contabilidade e financeiro, dentre outros.
Desse modo, cada departamento é composto por profissionais da mesma área e especializados, com habilidades e competências similares. Essa divisão incentiva a colaboração entre os membros do mesmo departamento e garante uma visão e atuação mais especializada de cada área. Também define objetivos, tarefas e responsabilidades por departamentos, o que facilita o controle e a gestão.
No entanto, o excesso de especialização pode levar a situações de competição entre as áreas, prejudicando a interação entre membros de diferentes squads. Aliás, essa estrutura não é adequada para empresas muito pequenas e mais dinâmicas, pois pode dificultar a adaptação rápida às mudanças do mercado.
Estrutura organizacional matricial
Essa configuração organizacional mescla elementos distintos, adaptando-se aos projetos e metas definidos pela empresa. Aqui, os funcionários não ficam presos a uma estrutura hierárquica tradicional e podem ter mais de um chefe ao mesmo tempo.
Por exemplo, um projeto multidisciplinar pode ser desenvolvido pelo departamento de marketing em conjunto com a área de produção e financeira da empresa. Essa estrutura amplia a visão holística do negócio, ajuda a desenvolver novas habilidades e competências nos funcionários e oferece maior flexibilidade na construção dos times conforme as demandas.
Entretanto, essa flexibilidade pode exigir demasiadas mudanças, gerando conflitos de chefia entre gestores e funcionários. Portanto, é necessário um cuidado especial na gestão dessa estrutura para evitar problemas.
Como escolher o tipo de estrutura organizacional ideal para sua empresa?

Escolher entre os diferentes tipos de estrutura organizacional pode ser um desafio, pois essa decisão impacta diretamente no funcionamento e nos resultados do negócio. Portanto, é fundamental:
- Analisar cuidadosamente as características da sua empresa, seus objetivos estratégicos, o porte e o mercado em que atua antes de definir qual modelo adotar.
- Considerar o perfil dos colaboradores e a cultura organizacional, pois tipos de estrutura organizacional mais rígidos, como o linear, exigem maior disciplina e hierarquia, enquanto estruturas horizontais demandam maior autonomia e colaboração entre as equipes.
- Avaliar a flexibilidade necessária para a empresa se adaptar às mudanças do mercado. Por exemplo, setores dinâmicos, como tecnologia, costumam se beneficiar de estruturas matriciais ou horizontais, que facilitam a inovação e a rápida tomada de decisões. Por outro lado, negócios mais tradicionais podem preferir estruturas lineares ou funcionais para manter o controle e a especialização.
Lembre-se: a estrutura organizacional não é imutável. Conforme a empresa cresce e enfrenta novos desafios, pode ser necessário revisar e adaptar o modelo adotado.
Conte com apoio profissional e leve sua empresa para outro patamar

Tipos de estrutura organizacional: conclusão
Conforme você aprendeu, são diversos os tipos de estrutura organizacional. A escolha do modelo ideal deve levar em consideração o porte da empresa, sua cultura, seus objetivos estratégicos e o mercado em que atua.
Independentemente do modelo adotado, é fundamental que ela esteja alinhada ao planejamento estratégico do negócio, garantindo que a estratégia, o modelo de negócio e a estrutura de gestão trabalhem de forma integrada e eficiente.