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Índice
Introdução
A remuneração fixa e variável são pilares das estratégias de gestão de pessoas no ambiente corporativo. Quando implementadas estrategicamente, essas modalidades de compensação podem atrair talentos e mantê-los engajados e alinhados aos objetivos organizacionais.
Por isso, o equilíbrio adequado entre remuneração fixa e variável pode transformar a produtividade e o comprometimento dos colaboradores. Não por acaso, cada vez mais empresas estão repensando seus modelos tradicionais, onde a remuneração fixa e variável passam a compor um sistema integrado de reconhecimento.
Essa abordagem permite que as organizações recompensem tanto a estabilidade quanto o desempenho excepcional, criando um ambiente propício para o crescimento sustentável e a inovação constante. Saiba mais sobre ela, suas possibilidades e vantagens!
O que são remuneração fixa e variável?
A estrutura de compensação nas empresas modernas geralmente combina dois componentes fundamentais: a remuneração fixa e variável. Esses elementos trabalham em conjunto para criar um sistema de pagamento que equilibra estabilidade e incentivo ao desempenho.
- Remuneração fixa: Consiste no pagamento regular e previsível oferecido ao colaborador, independentemente de resultados específicos. Ela inclui o salário-base estabelecido em contrato e diversos benefícios como plano de saúde, vale-transporte, vale-alimentação e outros adicionais garantidos mensalmente. Essa modalidade proporciona segurança financeira e previsibilidade para o funcionário.
- Remuneração variável: Complementa a parte fixa e flutua conforme o desempenho individual, coletivo ou da empresa. Dessa forma, ela estabelece uma conexão direta entre os resultados alcançados e a compensação recebida, incentivando maior produtividade e alinhamento com os objetivos estratégicos da organização.
Características da remuneração fixa
Uma remuneração fixa apresenta características que a tornam fundamental na relação empregador-colaborador. Primeiramente, ela oferece estabilidade financeira, permitindo que o funcionário planeje sua vida pessoal com maior segurança.
Além disso, essa modalidade é determinada por fatores como:
- Cargo ocupado na hierarquia organizacional.
- Experiência profissional e formação acadêmica.
- Complexidade das funções desempenhadas.
- Valor de mercado para posições similares.
Contudo, apesar de sua importância, a remuneração fixa sozinha pode não ser suficiente para motivar desempenhos extraordinários. É por isso que as empresas modernas complementam essa abordagem com estratégias variáveis de compensação.
Características da remuneração variável

A remuneração variável, por sua vez, vincula-se diretamente ao desempenho e aos resultados. Essa modalidade funciona como um catalisador para comportamentos desejados pela organização, incentivando a excelência e o comprometimento com metas específicas.
As principais características da remuneração variável incluem:
- Flexibilidade para se adaptar a diferentes contextos de negócio.
- Capacidade de alinhar interesses individuais e organizacionais.
- Potencial para impulsionar resultados extraordinários.
- Reconhecimento diferenciado para diferentes níveis de contribuição.
Dessa maneira, a remuneração variável se apresenta como uma ferramenta estratégica para gestores que buscam cultivar uma cultura de alto desempenho.
Principais modelos de remuneração variável
A implementação da remuneração variável pode ocorrer por diversos modelos, cada um com características distintas e adequados para diferentes contextos organizacionais. Conhecer essas opções é fundamental para estruturar um sistema de compensação eficaz.
Os programas de remuneração variável geralmente se dividem em modelos de curto e longo prazo, cada qual com propósitos específicos no estímulo ao desempenho dos colaboradores.
Modelos de curto prazo

A Remuneração Variável de Curto Prazo (RVCP) visa reconhecer e recompensar resultados imediatos, geralmente dentro do período de um ano fiscal. Nesse contexto, destacam-se três modelos principais:
- Comissões de vendas: Vinculadas diretamente ao volume de vendas ou faturamento, as comissões devem equilibrar aspectos quantitativos e qualitativos dos resultados. Elas requerem o estabelecimento de patamares mínimos para sua aplicação e a criação de gatilhos que incentivem a superação constante.
- Bônus: Definidos para períodos específicos, os bônus não são contínuos como as comissões, mas igualmente consideram aspectos qualitativos e quantitativos. Assim, a proporção entre remuneração fixa e variável geralmente varia conforme o nível hierárquico, sendo que posições de maior responsabilidade tendem a ter componentes variáveis mais significativos.
- Sistemas mistos: Combinam elementos de comissões e bônus para criar estruturas personalizadas que atendam às necessidades específicas da organização.
Além disso, a remuneração variável de curto prazo pode ser estruturada de forma individual ou coletiva, dependendo dos objetivos organizacionais e da natureza do trabalho desenvolvido.
Modelos de longo prazo

Já a Remuneração Variável de Longo Prazo (RVLP) se concentra na retenção de talentos e no alinhamento dos interesses dos colaboradores com a visão estratégica da empresa a médio e longo prazo. Desse modo, os principais modelos incluem:
- Plano de Incentivo de Longo Prazo (PILP): Baseado em parâmetros que medem a geração de valor do empreendimento ao longo do tempo, é particularmente adequado para empresas familiares privadas com boa geração de caixa e baixa liquidez.
- Partnership: Permite que os colaboradores convertam parte de sua remuneração em ações da empresa, promovendo mobilidade acionária interna. Portanto, o modelo é frequentemente adotado em empresas de serviços onde os sócios têm papel executivo e operacional.
- Employee Stock Option Plan (ESOP): Nesse modelo, os colaboradores recebem participações percentuais da companhia ao longo do tempo, incentivando sua permanência e engajamento. Desse modo, é amplamente utilizado em startups, empresas de crescimento acelerado e companhias listadas em bolsa.
Vantagens da combinação entre remuneração fixa e variável

A integração estratégica entre remuneração fixa e variável oferece benefícios tanto para as organizações quanto para os colaboradores. Essa abordagem equilibrada permite maximizar o potencial de ambas as modalidades.
Para as empresas, as principais vantagens incluem:
- Alinhamento dos custos de pessoal com a capacidade financeira da organização.
- Incentivo à cultura de alta performance e meritocracia.
- Atração e retenção de talentos de alto potencial.
- Flexibilidade para adaptar a estrutura de custos conforme os ciclos de negócio.
Por outro lado, os colaboradores também se beneficiam desse modelo híbrido mediante:
- Segurança financeira proporcionada pela parcela fixa.
- Oportunidade de aumentar rendimentos conforme desempenho pessoal.
- Reconhecimento tangível de contribuições extraordinárias.
- Maior transparência sobre expectativas e recompensas.
Portanto, a combinação entre remuneração fixa e variável, quando bem estruturada, cria um ciclo virtuoso que beneficia todos os envolvidos.
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Conclusão: remuneração fixa e variável
A implementação eficaz de sistemas de remuneração fixa e variável representa um diferencial competitivo para organizações que buscam excelência em gestão de pessoas. Ao criar um equilíbrio entre segurança financeira e incentivos por desempenho, as empresas conseguem cultivar ambientes onde o mérito é valorizado e o comprometimento é recompensado adequadamente.
Porém, para alcançar resultados otimizados, é fundamental que os sistemas de remuneração sejam cuidadosamente planejados, considerando a cultura organizacional, o momento do negócio e as expectativas dos colaboradores.
Além disso, as revisões periódicas são imprescindíveis para garantir que o modelo permaneça alinhado aos objetivos estratégicos e às mudanças no mercado. Ao adotar essa abordagem integrada, as organizações motivam seus colaboradores e estabelecem as bases para um crescimento sustentável e duradouro.