Em artigos anteriores, exploramos os conceitos da governança para as empresas. Hoje, vamos abordar os principais princípios da governança corporativa para a gestão de negócios.
Os princípios da governança corporativa garantem que as empresas estão em conformidade com uma série de posturas eticamente definidas.
Siga lendo até o final deste artigo e desvende tudo o que você precisa saber sobre os princípios da governança para seu negócio!
Princípios da governança corporativa
Antes de mais nada, a governança é um conjunto de práticas e políticas adotadas por uma empresa para garantir:
Transparência
Equidade
Prestação de contas
Responsabilidade
Em suas relações com todos os stakeholders, incluindo acionistas, funcionários, clientes e a sociedade em geral.
Sua importância está na capacidade de melhorar a eficiência operacional, reduzir riscos e atrair investimentos, além de promover a sustentabilidade e a reputação da empresa.
Os principais princípios da governança corporativa são:
1. Transparência:
As empresas devem fornecer informações claras, precisas e acessíveis sobre suas atividades, desempenho e riscos, de maneira oportuna e regular.
A clareza é essencial para que os stakeholders tomem decisões informadas.
2. Equidade:
Todas as partes interessadas devem ser tratadas de maneira justa e igualitária.
Isso inclui assegurar que os direitos dos acionistas minoritários sejam respeitados e que haja um tratamento justo para todos os stakeholders.
3. Prestação de contas (Accountability):
A diretoria e a administração da empresa devem ser responsáveis por suas ações e decisões.
Eles devem prestar contas regularmente aos acionistas e outros stakeholders, explicando suas ações e os resultados obtidos.
4. Responsabilidade corporativa:
As empresas devem agir de forma ética e responsável, considerando os impactos de suas ações na sociedade e no meio ambiente.
A responsabilidade corporativa inclui o cumprimento das leis e regulamentos, bem como a adoção de práticas sustentáveis.
Os princípios da governança corporativa ao longo do tempo
A governança corporativa, como conceito e prática, tem evoluído ao longo do tempo, moldada por diversos eventos históricos, crises financeiras e mudanças regulatórias.
Séculos XVII e XVIII: as primeiras corporações
As raízes da governança corporativa podem ser traçadas até as primeiras grandes corporações, como a Companhia das Índias Orientais, criada no século XVII.
Ou seja, enfrentaram os primeiros desafios relacionados à governança, como a necessidade de gerenciar grandes somas de capital de investidores espalhados geograficamente.
Século XIX: separação entre propriedade e gestão
Com a Revolução Industrial e a expansão dos mercados financeiros, surgiram os grandes conglomerados, principalmente nos Estados Unidos e na Europa.
A separação entre propriedade e gestão tornou-se mais pronunciada, uma vez que os acionistas começaram a delegar a gestão das empresas a profissionais contratados.
Isso levou à necessidade de estabelecer mecanismos de controle e supervisão para garantir que os gestores agissem no melhor interesse dos acionistas.
Início do século XX: primeiras crises e a regulação governamental
No início do século XX, várias crises financeiras, como a Grande Depressão de 1929, destacaram as falhas na governança corporativa.
Em resposta, o governo dos Estados Unidos introduziu uma série de regulamentos, como o Securities Act de 1933 e o Securities Exchange Act de 1934.
Eles estabeleceram regras para a divulgação de informações financeiras e criaram a Securities and Exchange Commission (SEC) para supervisionar os mercados financeiros.
Décadas de 1970 e 1980: aumento da atenção à governança corporativa
Nas décadas de 1970 e 1980, a governança corporativa começou a ganhar mais atenção, especialmente com a publicação do relatório Cadbury no Reino Unido em 1992.
Este relatório estabeleceu recomendações para melhorar a responsabilidade e a clarezanas empresas, incluindo a separação dos papéis de presidente do conselho e CEO.
Década de 2000: crises corporativas e reformas significativas
Este período foi marcado por grandes escândalos corporativos, como os casos da Enron e WorldCom nos Estados Unidos, que expuseram graves falhas na governança corporativa.
Sendo assim, o Congresso dos EUA aprovou a Lei Sarbanes-Oxley de 2002, que impôs novas exigências de transparência, auditoria e responsabilidade para as empresas públicas.
Últimas décadas: sustentabilidade e governança corporativa
Nas últimas décadas, a governança corporativa evoluiu para incluir uma maior ênfase na sustentabilidade e na responsabilidade social corporativa.
Os investidores e outros stakeholders começaram a exigir que as empresas considerassem os impactos ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas operações.
Relatórios como o Código de Governança Corporativa do G20/OECD (2015), refletiram essa mudança, enfatizando a importância da sustentabilidade e da responsabilidade social.
Hoje: governança corporativa globalizada
Atualmente, a governança corporativa é um tema global, com padrões e práticas sendo desenvolvidos e adotados em todo o mundo por diversas organizações.
Como por exemplo, a International Finance Corporation (IFC) e o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Ambos têm desempenhado um papel importante na promoção das melhores práticas de governança. A tecnologia também tem influenciado a governança corporativa, com a digitalização e a análise de dados oferecendo novas ferramentas para a transparência e o controle.
Importância de seguir os princípios da governança corporativa
1. Atração de investimentos:
Investidores tendem a preferir empresas com boa governança, pois essas práticas reduzem riscos e aumentam a previsibilidade dos resultados financeiros.
2. Melhoria da reputação:
Empresas bem governadas tendem a ter melhor reputação, o que pode levar a maior fidelidade dos clientes e melhor relacionamento com parceiros de negócios.
3. Redução de riscos:
A adoção de boas práticas de governança ajuda a identificar e mitigar riscos mais cedo, prevenindo crises e escândalos corporativos.
4. Sustentabilidade:
Práticas de governança corporativa promovem a sustentabilidade, assegurando que a empresa opera de maneira responsável e ética a longo prazo.
Transparência, accountability, responsabilidade e equidade
Para implementar a governança corporativa na prática, as empresas podem seguir estas etapas:
1. Estabelecer um Conselho de Administração:
Um conselho independente e bem qualificado é crucial para supervisionar a administração e tomar decisões estratégicas.
2. Adotar políticas e códigos de conduta:
Políticas claras e códigos de conduta ajudam a definir expectativas e orientar o comportamento dos funcionários e da administração.
3. Promover a transparência:
Implementar sistemas robustos de divulgação de informações e comunicação com stakeholders é fundamental para garantir a cristalinidade.
4. Implementar sistemas de controle interno:
Sistemas de controle interno eficazes ajudam a monitorar e mitigar riscos, além de assegurar a conformidade com leis e regulamentos.
5. Treinamento e educação:
Prover treinamento contínuo sobre governança corporativa para todos os níveis da empresa é essencial para garantir que todos entendam e apliquem as práticas de governança.
6. Monitoramento e avaliação:
Realizar auditorias e avaliações periódicas das práticas de governança ajuda a identificar áreas de melhoria e assegurar que as políticas estão sendo seguidas.
Entenda e aplique os princípios da governança corporativa
Ao seguir esses passos, as empresas podem estabelecer uma base sólida de governança corporativa.
E assim, promover a confiança entre os stakeholders e assegurar seu sucesso a longo prazo.
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